A barganha partidária da realidade política quebra qualquer expectativa de realizar finalmente um projeto democrático e popular no setor de comunicações. Lula convocou para a direção do MiniCom um deputado com histórico reacionário que havia conhecido minutos antes. Ativistas dos direitos à comunicação rechaçam o ministro Juscelino Filho com um manifesto e abaixo-assinado.
Por Júlio de Abreu
O terceiro mandato do presidente Lula escalou o deputado federal Juscelino Filho (União Brasil – MA) para dirigir o Ministério das Comunicações. A notícia repercutiu de forma extremamente negativa entre ativistas do setor de comunicação e apoiadores do governo que consideram a pasta como um setor estratégico para a gestão social. O rechaço à indicação do nome para a chefia do MiniCom se justifica pelo histórico reacionário do deputado, que curiosamente se descobriu pardo em 2022 para entrar no sistema de cotas raciais. No dia 30 de janeiro, uma reportagem do jornal Estadão revelou que, enquanto exercia o mandato de deputado, Juscelino direcionou R$5 milhões do orçamento secreto para a pavimentação de uma estrada de 19km que liga a própria fazenda a um heliporto particular no município de Vitorino Freire (MA).
A barganha partidária da realidade política quebra qualquer expectativa de realizar finalmente um projeto democrático e popular no setor de comunicações. Lula convocou para a direção do MiniCom um deputado com histórico reacionário que havia conhecido minutos antes. Ativistas dos direitos à comunicação rechaçam o ministro Juscelino Filho com um manifesto e abaixo-assinado.