Como a manipulação de narrativas na mídia e nas redes sociais foi estratégica para inverter o papel da vítima e limpar a imagem de Depp
Por Gabriela Boechat
A louca, manipuladora e mentirosa contra o abusado, altruísta e inspirador. Essa foi a polarização que tomou conta da mídia desde 11 de abril, quando teve início o julgamento dos atores Johnny Depp e Amber Heard, no estado norte-americano da Virgínia.
Em 2016, o casal se divorciou após pouco mais de um ano de casamento e foi concedido a Heard uma medida protetiva de afastamento contra o ex-marido por violência doméstica. Dois anos depois, a atriz publicou um texto no jornal The Washington postque abordava a violência sofrida e se colocava como figura representante das sobreviventes de abuso doméstico. O artigo não citava o nome de Depp. Ainda assim, com a alegação de que foi altamente prejudicado pela publicação, o ator processou a ex-mulher por difamação e pediu uma indenização de 50 milhões dólares.
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